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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Louca por livros!


Sim, sou louca por livros! Adoro aqueles conjuntos de folhas de papel impressos cosidas em brochuras ou encadernadas! Me encanto com o mundo paralelo que existe por trás das palavras de história dos escritores, pela descrição da vida de uma pessoa escrita em uma biografia, pelos pensamentos e idéia escrito por pscicólogos, médicos, advogados, filósofos, pesquisadores. Amo ler!
Essa minha paixão começou muito cedo, quando eu nem sabia ler. Meu pai contava história para mim antes de eu dormir, na verdade, contava a mesma história sempre, mas eu amava ouví-la, e minha mãe lia para mim e meu irmão uma história por dia antes de dormir. Era a maior alegria quando ela chegava do trabalho com um livro novo. Era mágico ouví-la ler, ela não lia simplismente, ela narrava a história como se tivesse vivido cada momento daquilo que lia, ela fazia vozes diferentes para cada personagem e dava ênfase a cada novidade acontecida entre as páginas. Ainda posso ouví-la lendo “Rita, não Grita!” de Flávia Muniz. Ela fazia a voz da mãe de Rita dizendo: “Rita, não grita!” de uma forma que parecia que ela mesma era a mãe da Rita e não a minha mãe.
Ainda lembro de ficar agachada por um tempão nas bancas de revistas escolhendo um Gibi da Turma da Mônica que meu pai sempre me comprava. “Pai, compra revistinha?”, e ele parava na banca de jornal mais próxima e eu ficava lá escolhendo pela capa e tirinha final qual a que eu ia querer. Tinha dias que ele comprava até duas! Ah, era uma felicdade! Então minha mãe lia as historinhas e fazia a voz dos personagens. O meu preferido de ouvir era o caipira Chico Bento. Era muito engraçado ouvir ela fazer voz de caipira! E quando eles estavam ocupados eu pegava a revistinha e “lia” sozinha. Me lembro de inventar na minha cabeça as histórias já que não sabia ler e aprendi logo as onomatopéias “ Buaá”, “Poft”, “Soc”, “Pum”…. Quando eu aprendi a ler de verdade, lia e relia mil vezes a mesma revista, sem me cansar, inclusive, faço isso até hoje!
Na escola adorava as aulas de Literatura e Redação porque gostava de ler os livrinhos, inventar historinhas. Lembro da minha emoção quando terminei um livro de capítulos “Férias de arrepiar” de Graziela Bozano. Mas bom mesmo foi quando uma vizinha minha que trabalhava em uma biblioteca bateu na porta da minha casa e veio trazendo pilhas e pilhas de livros para gente! O filho dela já tinha lido todos  então ela resolveu nos dar. Foi aí que conheci a Coleção Vagalume e não conseguia mais parar de ler. Era uma atrás do outro, não podia ir na casa de ninguém que tivesse livros da coleção que pedia logo emprestado. Gibi e livros eu sempre me atrevi a pedir emprestado. Era viciante! Aí um dia resovli fazer uma lista de livros que lia, peguei um caderno e toda vez que lia algum livro ia lá e escrevia o nome. Isso começou em 1998 e não parei mais. Tenho  a lista até hoje e continuo a escrever. Acho que puxei isso da  minha mãe, ela me conta que lia de tudo, toda hora, até em baixo da cama! Tinha noites que eu não conseguia dormir se não terminasse meu livro! Só tinha uma coisa que eu não gostava de ler: matéria de jornal. E eu tinha que ler uma vez por semana e fazr um resumo. Era um bandito dever de casa que eu tinha na terceira série e que me fazia chorar de tão tedioso. Hoje formada em Letras creio que superei isso.
Com o tempo as leituras foram ficando cada vez mais difíceis, as redações com mais exigencias e eu meio devagar nas leituras. Ainda gostava de ler, mas o desafio de textos complexos não me animava. Quando estava no primeiro ano do Ensino Médio chegou uma professor nova na escolar que tinha um jeito diferente de dar aulas e me encantei por ela. Era professora de Português, Redação e Literatura. E como tinha começado um treinamento fervoroso para o vestibular fazíamos redação uma vez por semana, até duas dependendo do tema da redação. Eu sempre tirava boas notas e ela sempre colocava alguma observação nas minhas redações até que um dia ela disse que eu escrevia bem, tinha boas idéias mas faltava maturidade na escrita. Com respeito disse que se eu quisesse ela me emprestaria bons livros para eu poder crescer mais. No dia seguinte eu disse: “Eu quero sim os livros”. Então começou meu verdadeiro desafio comigo mesma: encarar outros tipos de leituras, outros tipos de escrita e criei uma intimidade maior com o dicionário. Foi difícil para eu ler “O cortiço” de Aluísio de Azevedo. Primeiro eu tinha que saber o que era cortiço! E no mais, tinha que entender as frases escritas em ordens as quais eu não estava acostumada a ler. Mas eu li! Quando acabei foi uma sensção de vitória inexplicável! Então li “Feliz Ano velho” de Marcelo Rubens Paiva e “As virtudes da casa” de Assis Brasil. E fui lendo e pegando os livros com ela, devolvendo e lendo… E não tinha nem muita escolha pois os livros que caiam no vestibular eram coisas como “Dom casmurro” de Machado de Assis e “Senhora” de José de Alencar. Eu TINHA que ler mesmo! Embora esses eu não tenha lido na época…
Minha lista de livros foi aumentando e meu desfio de bater meu próprio record também.  Fiz vestibular para Letras Portguês e nem temia o que viria pela frente. Bom, antes tivesse temido! Encarei quatro anos de leituras e mais leituras. Leituras intermináveis! Desde pscicologia a té filosofia e antropologia! Textos complexos, gramáticas, latim, pesquisas… coisas que nunca pensei em ler. Mas pensam que eu não gostava? Eu AMAVA! E o melhor do curso era ter amigas que amavam ler como eu. Foi aí que eu descobri que eu não lia nada comparada à elas! Me senti pequenininha quando ouvia uma delas dizendo: “Li Senhora umas duas vezes, agora vou ter que ler de novo para fazer esse trabalho…” Duas vezes??? Eu não li nem meia! Ah, não podia ficar para trás! Resovi encarar os escritores clássicos do nosso Brasil: Machado de Assis e José de Alencar! E alguns portugueses como Eça de Queirós e José Saramago. No começo era um martírio, mas depois peguei o jeito. Em época de férias a gente ia para a biblioteca e pegava cinco livros de uma vez para ler nas férias! Pegava indicações de livros e ia em frente! Nada me parava. Lia em sala de espera de dentista, em ponto de ônibus, em ônibus, quando professor faltava, quando almoçava, sempre que tinha uma brecha eu lia. Meu prazer por ler e escrever era tanto que passei a escrever toda semana textos de relatos das coisas que aconteciam comigo no meu dia a dia e mandava por e-mail para um certo grupo de amigos. Eles chamavam de “semanal”. Eu não falhava, toda semana escrevia e falta de tempo não existia.
Depois que me formei me vi com tempo demais. Tanto tempo e nada para fazer. Não tinha academia, não tinha teatro, não tinha universidade para ir e nem trabalhos para fazer, não tinha estágio. Resolvi viajar e passar seis meses em Miami, na casa da minha madrinha, estudar inglês e conhecer gente nova. Desde essa época para cá já foram quatro anos e meu ritmo de leitura mudou. Agora que eu tinha todo tempo do mundo (casei por aqui com um brasileiro professor de português) não conseguia mais ler como antes. Demorava semanas para ler um romance de Agatha Cristie que eu tanto sou fã, coisa que faria em poucos dias ou até em dois dias. Não conseguia, simplesmente não conseguia. Teve uma época que eu tinha a assinatura da revista “Vida simples” e todo mês aguardava anciosa a revista e lia todas as páginas com muita fome de leitura. Quando saí de casa deixei todos os meus livros, gibis e revistas na casa da minhas mãe e tive que começar uma nova coleção. Ainda sinto falta daquela estante cheia de livros e poeira, mas que nos momentos de vazio eram minha alegria. Bem, minha mãe continua recebendo as revistas e agora ela manda para mim. Voltei aos poucos a ler, peguei livros de leitura fácil para pegar o ritmo novamente e fui conseguindo. O primeiro que consegui finalizar em poucos dias após esse jejum desnecessário foi “ Melancia” de Marian Keys. Devorei as 8 revistas “Vida simples” que minha mãe me deu e sexta feira, dia 20 de abril eu finalizei em três dias com muita alegria  o livro “Natal de Poirot” de Agatha Cristie! Nem acreditei que voltei a ler como antes! E antes dele eu havia terminado “O que as lembranças de infância revelam sobre você” de Kevin Leman e estou lendo nesse meio tempo “Laços de família” de Clarice Lispector. Hoje comecei “As esganadas” de Jô Soares que ganhei ontem do meu marido e dei uma paradinha agora para poder escrever. Tem mais de uma hora que estou escrevendo sem parar (com exeção de alguns minutos que me dispus a ir ao banheiro).
Nos próximos posts vou falar sobre o Livro “Natal de Poitot” porque gostei tanto que  não posso me calar!
Agora com licença que estou empolgada com a morte das gordas do Jô!

Larissa Alferes Brasil (23 de abril de 2012)

domingo, 15 de abril de 2012

A falta que ela me faz…


Tem um ditado que diz que “a gente só dá valor quando perde”. Talvez isso tenha acontecido comigo na época da escolar, talvez eu não tenha valorizado o suficiente meus tempos de escola, os meus professores, as minhas aulas, até as de educação física. Mas uma coisa que eu sempre valorizei e sempre soube que ia me fazer falta era a minha melhor amiga.
Todos os textos que li sobre amizade caem para ela como uma luva! Quem tem um verdadeiro amigo encontrou um tesouro, que amizade é como uma planta que tem que ser regada, que há amigos mais queridos que um irmão… esse tipo de coisa. Mas ela… ah, ela… era tudo isso e muito mais.
Ela era minha diversão do fim de semana, minha companheira de estréia de filmes no cinema, minha ouvinte, concelheira, minha fazedora de brigadeiros de colher, amiga para qualquer coisa, qualquer coisa MESMO. Lembro de uma madrugada que eu estava arrasada com o término de um namoro e pedi para ela ligar para mim, fiquei horas chorando no telefone e ela me acalmando. Aliás, quando se tratava de dor de cotovelo ela era perfeita para me acalmar, me mostrar o que eu não enchergava e fazer eu esquecer que um dia sofri por aquilo! E quando de tratava de ouvir meus sonhos de menina com príncipes encantados… nossa, acho que ela lembra disso até hoje! E ouvir minhas histórias com detalhes? Igual a ela não existe!
Mas eis que eu encontro o meu príncipe encantado e ele me leva para o castelo dele, longe do reino que eu morava. E aqui, nesse reino tão tão distante eu não vejo mais minha amiga como antes e descobri uma coisa, eu a amo muito mais do que eu imaginava. E eu sinto a falta dela muito mais do que eu imaginava. Choro, fico deprê, rio com ela no telefone e ela me consola.
Ela me disse uma coisa agora pouco que me fez escrever e pensar: tudo muda, as coisa mudam, nosso corpo muda, até a maneira como vemos o mundo muda, mas a nossa essência não muda. É verdade. Não importa quantos anos a gente tenha, seremos sempre as mesmas pessoas. Seremos sempre amigas que gostam de rir uma com a outra, que gostam de brigadeiro e desenho animado e que vamos querer sempre ir para a Disney nas férias de julho!
Acabei até de imaginar uma coisa: a gente na Disney se divertindo feito duas crianças e meu príncipe cuidado do nosso bebê no hotel… sim ele vai preferir ficar no hotel do que andar no parquer pela milésima vez….vai ser divertido!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Medo dos números



Andei percebendo que não importa qual idade tenhamos, todos temos medo dos numerous.
Sim, números!
Por exemplo: quando somos crianças os números que nos assutam são os da matemática. É um pesadelo aprender a tal matemática! E a tabuada de multiplicação? Decorar aquilo parece ser impossível! Sem contar que temos medos do boletim vir com nota baixa e ficarmos de castigo…
Quando estamos ficando adolescente o medo da matamática continua assutando, mas talvez menos. O que nos assusta são os números das roupas! As meninas querendo que o número do sutiã seja grande e o das calças pequenos e os meninos …. Bem, os meninos se preocupam com o o número do tamanho do ….. hã….. pois é! Com o número de meninas que não ficou (meninos compete para ver quem ficou com mais meninas, quem come mais num rodízio de pizza, quem fez mais pontos nos jogos…)
Quando estamos adultos os números que nos assustam definitivamente são os da balança! Números que insistem em subir! Não abaixam nunca! Um pesadelo! Sem contar com os números das roupas que também aumentam junto com a balança! Não importa quem seja, a balança assusta! E ainda temos os números das contas que chegam todo mês!
Quando o tempo vai passando os números que nos assustam mesmo são os da idade! Quando menos esperamos: pimba! Envelhecemos e não tem jeito de voltar atrás! A idade é algo que não tem como mudar.
E finalizando, quando já estamos velhos acho que nenhum número assusta mais…. Talvez só o nuúmero de vezes que passamos mal e vamos ao medico, o número do preço do tal remédio que precisamos e o número de comprimidos que vamos tomar…
Bom, eu nunca gostei de matemática!