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sábado, 26 de maio de 2012

As esganadas, de Jo Soares




Sou grande admiradora do Jô Soares como ator, comediante, entrevistador e escritor. E como pessoa também, afinal ele fala seis idiomas com fluência!!! Eu mal falo dois!!! Como pode??? Mas isso não vem ao caso...
Li quatro livros do Jô Soares: O Xangó de Backstreet, O homem que matou Getúlio Vargas, Assassinato na Academia Brasileira de Letras e o mais recente, As esganadas. Não saberia dizer qual o meu preferido, amei todos! Gosto da maneira como ele escreve, me diverte e me envolve. Hoje especificamente vou falar sobre o último que li, As esganadas.

Ri muito com esse livro! Principalmente com o portuga Esteves. Por mais que Brasil e Portugal falem a mesma língua, não e o mesmo português. E no livro vemos isso bem claro nas conversas do inspetor com o detetive português. Ri muito com os diálogos. Creio que o que mais chama atenção no livro é a quantidade de palavras que não conhecemos, nunca ouvimos falar e não fazemos ideia do que possam significar. E o caso por exemplo da palavra “circunsflautica”. Ate hoje procuro o significado... Grifei as palavras que eu não sabia no decorrer da leitura e ia sempre buscando no dicionario. Em outro momento  eu falarei mais sobre essas palavras não muito usadas por nós! Na verdade eu diria não usadas mesmo! Nunca ouvidas!!!

A história fala sobre uma série de assassinatos que estão ocorrendo no Rio de Janeiro. E o caso e que só mulheres gordas morrem e são encontradas nuas e entupidas de comida. Quando a autópsia é feita eles encontram um papel que diz o nome de alguma receita e descobrem que são todas receitas de comidas tipicas portuguesas. Diferente de Agatha Christie, a gente não lê o livro procurando descobrir o assassino e o motivo do assassinato, a gente lê o livro para saber como os policiais vão chegar até ele. A gente sabe logo no começo quem e o assassino e porque ele faz isso. Foi bem interessante ler um livro assim. Lembrei de Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis. A história é narrada pelo personagem que já morreu. Ou seja, for a da ordem comum a qual estamos acostumados. E eu adoro quando algumas coisas saem do comum!

Durante a leitura de As esganadas li com o computador do lado. A cada nova palavra eu pesquisava o que era, a cada música clássica citada eu ouvia qual era e a cada  receita dita eu pesquisava como era. Resumindo: estou morrendo de vontade de comer doces portugueses, estou intrigada com palavras tão loucas e ainda mais apaixonada por música clássica! E agora??? Aonde vou arranjar os tais doces portugueses??? Buáaaaaaa! Isso não se faz!!!

E um livro muito gostosinho de ler (literalmente) e só demorei mais do que o comum porque não conseguia ler sem um computador de apoio! Mas e muito bom, Jô Soares também e cultura!!!

Agora estou lendo uma revista Vida Simples  que minha mãe me mandou (amo essa revista) e estou tentando terminar o livro Laços de Família  de Clarice Lispector. Como são contos leio em doses homeopáticas!

Bom, vejamos qual vai ser minha próxima aventura?!!!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Bruxa!



Acredito que a profissão que mais deveria ganhar são os professores! Sim, principalmente os professores de educação infantil. Que professor  de faculdade que nada, temos dar crédito ao professores primários, aqueles que ensinam a ler, escrever, pintar dentro da figura, falar, que fazem artes, decoram a sala, levam para brincar no parque e praticamente se ajoelham para falar com a gente.
Você acha que não? Já teve a experiência de entrar numa sala dessas depois de muitos anos e olhar com outros olhos como é? Pois eu já. E vejo toda semana. É um pesadelo em forma de crianças!
Tudo começa quando eles tem que apreder o que é disciplina, que tem que obedecer, que não pode falar quando a professor explica, que tem que fazer o que ela manda e que correr em sala de aula está fora de cogitação. O difícil é   fazer com que entendam… Só basta estar no corredor para saber que está em área infantil,  risadas e conversas, choros e professoras mandando ficarem quietos. Ao abrir a porta e espiar podemos ver cerca de 20 crianças sentadas (algumas na verdade), conversando, chorando pelo giz de cera azul que o colega pegou, querendo saber quando vai ser a hora do lanche, pulando e tudo isso ao mesmo tempo. É uma loucura. Dá dor de cabeça! São verdadeiras heroínas essas mulheres!
Semana passada fui vistar 4 crianças. Meu trabalho consiste em pegar os alunos falantes da língua Portuguesa, levá-los para a biblioteca e fazer as tarefinhas com eles ajudando no que não entenderem. E quando se trata de jadim de infância… é minha tristeza. Já saem da sala correndo, o que eu falo soa em grego para eles. Não querem fazer nada, brigam pelas cores e discutem se vermelho escuro é o mesmo que vermelho. Passo mais tempo tentando acalmar as crianças do que ajudando. Mas na semana passada foi diferente.
A biblioteca estava fechada e isso significava que iamos fazer os trabalhinhos na pracinha atras da sala de aula e praça é sinônimo de correr. Segurei a porta, olhei para os quatro e disse bem séria: “Não quero ninguém correndo, estão me ouvindo?” E quando o primeiro sentou na mesa que não era pra sentar fiquei mais séria ainda e disse: “ Eu disse que é na outra mesa, vamos, AGORA”.  Sem entender esse meu comportamento “bruxal” eles foram até a mesa indicada. E não é que fizeram o que tinha que ser feito? Claro que tive que pegar o brinquedo da mão de um, mandar o outro sentar direito e quando a única menina do quarteto não quis obedecer e eu mandei ela ficar quieta ela me olhou nos olhos com muita raiva e me desafiou dizendo: “ Você vai ver só o que vai acontecer com você!” Aí nem pensei, levantei olhei para ela e disse bem alto “VOCÊ É QUE VAI VER O QUE VAI ACONTECER SE VOCÊ NÃO SE COMPORTAR E OBEDECER!” Sim, me transformei emu ma bruxa muito má. Ela se encolheu e disse: “Desculpa tia”. Na hora de levá-los para a sala um sismou de seguir um lagarto até o buraco dele e começou a tampar o buraco. Chamei uma vez, chamei duas, nas terceira virei as costas e fui para a sala. Ele vei correndo e disse: “Parei tia, parei”, mas diferente das outras mil vezes eu olhei e disse: “Agora é tarde” abri a porta da sala e mandei eles entrarem. Ele ficou apavorado com medo de ficar de castigo com a professora da sala. E deu sorte porque ela não estava lá. Fui embora me sentindo uma verdadeira bruxa. Só faltei colocar eles quatro dentro de um caldeião e fazer uma bela sopa!
Depois desse dia entendi que temos que ser bruxas para as crianças nos respeitarem e obedecerem. Claro que nem todas precisam disso, mas sei que muitas precisam. E aí? Esses professorem tem ou não tem que receber mais por tudo isso que passam??? Eu digo sim!!!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

O Natal de Poirot de Agatha Christie

Agatha Christie  é a rainha do crime policial, dos mitérios! Dona de uma mente invejável e criativa para tantos mistérios e tantas tramas que não podemos nunca desvendar ela vendeu mais de 4 bilhões de livros traduzidos em 103 línguas, mais traduções do que Shakespeare, uma das autoras mais lidas no mundo! Não, não pensem que foi informações de Wikipedia, eu li a biografia dela mesmo! E em inglês, quer mais original do que isso???  Eu poderia ficar aqui falando do livros que li, da vida fantástica que ela teve, das aventuras e inspirações, mas hoje vou falar somente do livro “ O Natal de Poirot”.
Bom, para quem não conhece nada sobre ela, Poirot, Hercule Poirot, é um detetive criado por ela que descobre os mais assombrosos casos de assassinatos que podem existir, ele protagoniza 55 romances escritos por ela.  Li alguns livros dela e confesso que o que mais gostei foi esse! Não sei dizer exatamente o porquê, mas me empolguei na leitura de uma forma incrível, não queria parar de ler nem um segundo. Todos os possíveis assassinos estavam sendo descartados e eu não fazia idéia quem era o tal, foi um final surpreendente!
O romace trata de uma família muito rica, família Lee, que pelo comportamento promíscuo do pai acabam os irmãos se separando; um viaja pelo mundo gastando dinheiro, a outra casa com um espanhol e vai morar na Espanha, um vira artista frustrado, um vira um grande empresário mesquinho e o mais velho fica em casa cuidando do pai que já está velho. A mãe, não a conheci, ela já havia morrido quando o livro começou.  Todos os filhos recebem uma carta do pai convocando os para passarem um Natal juntos na casa dele, cada um deles, meio receosos, aceitam o convite e aos poucos chegam na véspera do Natal. O Senhor Lee ficou rico depois de uma exploração que fez na África do Sul e encontrou diamantes brutos. Aliás, uma de suas manias é ficar brincando com os diamantes entre os dedos. Além de seus filhos ele convidou sua única neta, Pilar, filha da única filha. O encontro dos irmãos na casa é   desconfortável e tenso. Primeiro porque havia uma estranha no meio deles, Pilar, apesar de ser sobrinha nunca havia conhecido os tios e o filho de um amigo do senhor Lee de muitos anos, amigo dos temposem que ele viva na África do Sul. Todos desconfiavam das intensões de Simon Lee para esse natal, e estavam certos. Depois de uma reunião no quarto dele ele humilha cada um dos filhos diz que nenhum deles presta e blá blá blá. Manda todos irem embora e se tranca no quarto. Bom, depois disso vem melhor, a morte dele. O senhor Lee é encontrado morto , degolado e com muito sangue em seu quarto com a porta trancada por dentro e nenhum sinal de como o assassino tenha saído.
Por coinscidência Poirot estava passando o natal com um amigo policial seu, que Morava nas redendezas e foi ajudar a resolver o caso. E claro, ele resolveu o caso! Eu, se fosse contratada para isso ia acabar prendendo inocentes, deixando o assassino livre e perdendo meu emprego! Um gênio esse Poirot! Claro que não vou contar detalhes mais e nem quem foi o assassin pois assim perderia a graça, mas digo uma coisa: não foi o mordomo!
Ficou curioso? Então leia e garanto que não vai se arrepender!